tag:blogger.com,1999:blog-63633572067881273752024-03-05T20:58:16.502-08:00xavier zarcoPseudónimo de Pedro Manuel Martins Baptista, nasceu em Coimbra em 1968. É autor de O livro dos murmúrios, Palimage Editores; O guardador das águas, Mar da Palavra, 2005; O fogo A cinza, 2005 e dos e-books No rumor das águas,2001; Acordes de azul, 2002; Palavras no vento, 2003; In memoriam de John Lee Hooker, 2003; Ordálio, 2004; O ciclo do viandante, 2005; Stanley Williams, 2006; À beira do silêncio, 2006; Afluentes do poema, 2006; e Trinta mais uma odes, 2007; Monte maior sobre o Mondego, 2006.Unknownnoreply@blogger.comBlogger7125tag:blogger.com,1999:blog-6363357206788127375.post-23073420595814153942007-09-17T07:18:00.001-07:002007-09-17T07:19:29.936-07:00Dia 29, pelas 15.30 horas, Clube Literário do Porto<div align="justify">A edium editores e o autor, Xavier Zarco, convidam V.Ex.a a estar presente no lançamento, no Porto, do livro de poesia: Variações sobre tema de Vítor Matos e Sá: Invenção de Eros, que foi distinguido com o Prémio de Poesia Vítor Matos e Sá - 2007, certame organizado pelo Conselho Científico da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, em sessão a realizar no sábado, dia 29 de Setembro de 2007, pelas 15h30, no Auditório do Clube Literário do Porto (Rua Nova da Alfândega, 22). A apresentação da obra será feita pela poetisa Ana Maria Costa e pelo poeta Luís Monteiro da Cunha. Integrado neste evento haverá um espectáculo de dramatização, bailado e música.</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6363357206788127375.post-3833661085831308002007-09-17T07:00:00.000-07:002007-09-17T07:22:36.712-07:00Anotações Críticas à obra de Xavier ZarcoO Fogo A Cinza, de Xavier Zarco, que obteve o prémio na modalidade de “poesia”, ganha sentido a partir deste par de palavras, aparentemente de sentido paradoxal, mas inevitável, uma vez que uma – a cinza – é consequência do outro – o fogo. O fogo e a cinza acabam por prefigurar dois momentos de um processo, o da construção do poema sobre a bigorna, com o auxílio do fole e do malho, saindo, de objectos tão estridentes, a palavra alada, múltipla de significações e de poderes.<br />Para este poeta, a palavra é o centro do trabalho oficinal – ela integra um corpo e é moldada, de forma a integrar um poema pela sua qualidade de ser “alada”. Mas o trabalho da palavra chega à sua decomposição, isto é, ao processo que o poeta-artesão enceta, fazendo de cada malho uma sílaba para que de cada poema nasça um corpo, as labaredas do fogo.<br />A palavra forjada vira arte e poema, resulta de trabalho. A memória é a cinza, o que resta, depuração e essência ou fruto e consequência. Assim o poeta poderá dizer:<br /><br />remexe a tenaz a madeira<br />afaga-lhe lento o fogo<br />a face<br />esboça-lhe o caminho de ser cinza<br /><br />Neste texto O Fogo A Cinza, a palavra é valorizada enquanto processo de nomeação, enquanto elemento de uma construção de um edifício que o poema tem de ser. Daí que, como o poeta diz,<br /><br />é na casa do poema<br />em seus rituais<br />que se decifram todos os sentidos<br /><br />João Reis Ribeiro<br />Sessão de apresentação do livro<br />"VII Concurso Literário Manuel Maria Barbosa du Bocage"<br />no Salão Nobre da Câmara Municipal de Setúbal<br />em 21 de Dezembro de 2005<br /><br /><br />A plasticidade do verso, seu encontro nas arrestas da página, parece ser o motor primeiro deste autor. Ao nascer, a poesia faz-se emblemática. Um leve toque de percepções pictóricas lava o verbo, enxuga as palavras. Mas isto até um certo ponto, pois Zarco não se rende completamente ao império do silêncio.<br />Compactuando com a docilidade de palavras muitas vezes virgens, cataliza momentos de extrema beleza. Desenham-se quadros na página branca. Talvez o poeta se esqueça da lição fundamental de Verlaine "antes de tudo, a música", mas é que as imagens são fortes demais. Não é à toa que cita Munch, em A VISÃO, poema despertado e subitamente surpreendente.<br />De pleno, nada descubro<br />no horizonte. A magia não brota<br />na chama fugaz de um olhar<br />que não se espanta com a luz.<br /><br />Eis um quarteto construído com duras lapidações. Enxergam-se elipses em cada verso. São frestas em um muro intransponível. O verso se arrasta quase naturalmente, se não fosse a síncope, que nos lembra a calma refletida de peças para o piano de Schoenberg. Não mentem as filiações. Muita vez vejo Fernando Pessoa em Zarco. D'outra feita, é mesmo o lirismo ruborizado, o refrescar-se de Garcia Lorca. Referências mediterrâneas, bem escondidas, com arte, como deve ser.<br />A memória é um material sempre fértil para os poetas, e Zarco apreende o sentido profundo do desdobrar sobre si mesmo: As mão do homem solitário é que prepararão o futuro, já que elas erram menos, disse-nos Rilke. E é isso que eu vejo nas criações do colega luso.<br /><br />Andityas Soares de Moura (Brasil)<br />Poesia de uma concisão enormemente sugestiva.<br /><br />José Luís García Martín (Espanha)<br /><br />O corpo e a letra deste Autor são um "vaso onde as vozes se entregam ao desejo de voar". Para Xavier Zarco, efectivamente, fazer Poesia é escrever "o murmúrio do vento no dorso alado dos cavalos do verso". Amada, alada, e aureolada lição, murmurar ou ler este livro é dar asas ao dervixe e à dança que existe no cosmos.<br /><br />Artes & Letras (Fevereiro de 1999)<br /><br />É a paisagem das letras no desejo implícito de uma realização sublime em final infinito.<br /><br />Folha de Santa Clara (Outubro de 1998)<br /><br />Hermosísima su poesía.<br /><br />Ana Emília Lahitte (Argentina)Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6363357206788127375.post-82309368217694407502007-07-19T05:19:00.000-07:002007-07-19T05:23:44.108-07:00<div align="left"><span style="font-size:180%;color:#cc0000;"><strong>Xavier Zarco</strong></span></div><div align="left"><span style="color:#000000;"></span> </div><div align="left"><span style="color:#000000;">- </span><br /><span style="font-size:180%;"><span style="color:#ffffff;"><strong>Prémio de Poesia</strong> Vítor Matos e Sá</span></span></div><div align="right"><span style="font-size:180%;"></span><br /><span style="font-size:180%;color:#cc0000;"><strong>2007</strong></span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6363357206788127375.post-55488043604484823422007-07-18T08:08:00.001-07:002007-07-18T11:24:49.916-07:00<div align="right"></div><div align="right"></div><div align="left"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghV1nB-bgZ7f1tbhTB23tdoCDE5_ST8ez3efuOClRk4B3RdvC2H_gJAFh9eWrrFcqCi1mGsEJqBJLZiyJ2PhMLyIXfmSCkkWQIK0SsJK-x5rNmX0augnpziJ9m50Y2CM0INrbeU7uHigZN/s1600-h/XAVIERBLOG1.gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5088554607193314546" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 104px; CURSOR: hand; HEIGHT: 135px" height="247" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghV1nB-bgZ7f1tbhTB23tdoCDE5_ST8ez3efuOClRk4B3RdvC2H_gJAFh9eWrrFcqCi1mGsEJqBJLZiyJ2PhMLyIXfmSCkkWQIK0SsJK-x5rNmX0augnpziJ9m50Y2CM0INrbeU7uHigZN/s200/XAVIERBLOG1.gif" width="180" border="0" /></a> <span style="color:#ffffff;"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="color:#cc0000;"><strong>xavier zarco</strong> </span></span></span></div><div align="right"><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#000000;">-----</span></div><div align="right"><strong><span style="color:#ffffff;"><span style="font-family:trebuchet ms;">v</span><span style="font-family:trebuchet ms;">ariações</span></span></strong><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong><span style="color:#ffffff;"> sobre tema </span></strong></span><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong><span style="color:#ffffff;">de vítor matos e sá:</span></strong></span></div><div align="right"></div><div align="right"><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong><span style="color:#009900;">a invenção de eros</span></strong></span></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#000000;">-----</span></strong></div><div align="right"><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong><span style="color:#ffffff;">edium editores</span></strong></span></div><div align="right"><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong><span style="color:#009900;">setembro</span></strong></span></div><div align="right"><strong><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#000000;">------</span></strong></div><div align="right"><strong><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#000000;">-----</span></strong></div><div align="right"><strong><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></strong></div><div align="right"></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong><span style="color:#009900;"></span></strong></span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyWXRgNbUWSocOGnBowUPaf4kKbblatFx9rsMM__Xvk2p3x-xQCKKNGuBUg4qiclbwDuTUy9bEEig1mAFYhWPPQ_EecRuX7fR6eN7P0Ppjbww-DLP0krINZ240N4g4mJQjbHCJJ8URWR0/s1600-h/XAVIERBLOG1.gif"></a><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">A edium editores tem o prazer de anunciar a edição em livro (Setembro 2007) da obra poética de Xavier Zarco <strong>Variações sobre o tema de Vítor Matos e Sá: <em>Invenção de Eros</em></strong>. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Este trabalho, consagrado em 2007 com o prémio de poesia Vítor Matos e Sá, instituído pelo Conselho Científico da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, evolui em torno de excertos, como título indica, do poema magno de Vítor Matos e Sá, Invenção de Eros. Prefácio à obra de José Félix.</span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6363357206788127375.post-53830798420990882642007-07-18T08:00:00.002-07:002007-07-20T05:02:31.904-07:00<div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Xavier Zarco, pseudónimo de Pedro Manuel Martins Baptista, que nasceu em Coimbra em 1968. Publicou em livro: O livro dos murmúrios, Palimage Editores, Viseu, Portugal, 1998; O guardador das águas, Prémio de Poesia Vítor Matos e Sá - 2004, organizado pelo Conselho Científico da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, em 2004, livro prefaciado por Andityas Soares de Moura, Mar da Palavra, Coimbra, Portugal, 2005; O fogo A cinza, Prémio de Poesia do Concurso Literário Manuel Maria Barbosa du Bocage - 2005, promovido pela LASA - Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão, em 2005, LASA, Setúbal, 2005.<br /><br />Em formato electrónico, pela Virtualbooks (Brasil) editou: No rumor das águas, 2001; Acordes de azul, 2002; Palavras no vento, 2003; In memoriam de John Lee Hooker, 2003; Ordálio, 2004; O ciclo do viandante, 2005; Stanley Williams, 2006; À beira do silêncio, 2006; Afluentes do poema, 2006; e Trinta mais uma odes, 2007; e pela ArcosOnline (Arcos de Valdevez, Portugal), Monte maior sobre o Mondego, Menção Honrosa (Poesia) do Prémio Literário Afonso Duarte - 2004, organizado pela Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, 2006.<br /><br />Em DVD, encontra-se registrado: Hino de Santa Clara, Poema vencedor do Concurso para a letra do Hino da Freguesia de Santa Clara, promovido pela Junta de Freguesia de Santa Clara, em 2004, dvd, Junta de Freguesia de Santa Clara, 2005.<br /><br />Inéditos: O livro do regresso, Prémio de Poesia Raúl de Carvalho - 2005, promovido pela Câmara Municipal do Alvito; e Variações sobre tema de Vítor Matos e Sá: A Invenção de Eros, Prémio de Poesia Vítor Matos e Sá - 2007, organizado pelo Conselho Científico da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.</span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6363357206788127375.post-51641425763557988242007-07-17T11:49:00.000-07:002007-07-19T12:00:11.047-07:00invenção de eros - vítor matos e sá<span style="font-family:trebuchet ms;"></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Fui procurar-te para ser contigo<br />quando colhi das horas que invadias.<br />Colhi da própria dor um nome amigo<br />que fosse o nome exacto em que virias.<br /><br />Da límpida substância dos teus risos<br />fui-te inventando dentro dos meus braços<br />e os sóis mais densos puros e precisos<br />vieram dar-me a sombra dos teus passos.<br /><br />E já não eram meus senão de erguê-los,<br />a tua face e os lábios e os cabelos<br />e o teu olhar para ninguém voltado.<br /><br />Mas quem, o pleno amor de que nascias<br />se o deus que a ti igual encontrarias<br />ficou, pelo teu olhar, desabitado? </span><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;"><em>Horizonte dos Dias, Portugália Editora, 1952</em> </span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6363357206788127375.post-14688586106676475362007-07-16T11:53:00.000-07:002007-07-19T11:57:19.419-07:00sobre vítor matos e sá<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgownNsS7VCWuaAbAB7tNGNxfZjaIfYK-3ZiMTtP9lojc03uY4g9Aq6C_v_FY4_NZ6XFP8iwiWG-dkUOeZ2_qpRU_u-5jCG_C38hU0w6kdCpG26PrhaYiEbeHJlWTpska-c1_e5w-IH-XWU/s1600-h/VítorMSá.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5088983700195988754" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgownNsS7VCWuaAbAB7tNGNxfZjaIfYK-3ZiMTtP9lojc03uY4g9Aq6C_v_FY4_NZ6XFP8iwiWG-dkUOeZ2_qpRU_u-5jCG_C38hU0w6kdCpG26PrhaYiEbeHJlWTpska-c1_e5w-IH-XWU/s200/V%C3%ADtorMS%C3%A1.jpg" border="0" /></a> <span style="font-family:trebuchet ms;"><strong>Vítor Matos e Sá</strong>, pseudónimo de Vítor Raul da Costa Matos, nasceu em Maputo, antiga Lourenço Marques, em 1926, e faleceu em Espanha em 1975 vitimado por um acidente de viação. Licenciou-se e doutorou-se em filosofia pela Universidade Coimbra, vindo a ser director do Instituto Filosófico da mesma universidade. Entre 1964 e 1970, faz vários estágios em Inglaterra. Colaborou, como poeta, na Távola Redonda, na Árvore, nos Cadernos do Meio-Dia, em Eros, etc. Publicou em vida as colectâneas O Horizonte dos Dias (1952), O Silêncio e o Tempo (1956) e O Amor Vigilante (1962. É publicada postumamente Companhia Violenta (1980), que reúne vários inéditos. Em 2000, foi publicada pela Campo das Letras Poesia de Vítor Matos e Sá, edição completa da sua obra poética organizada por Ana Paula Coutinho Mendes.</span><br /></div><span style="font-family:trebuchet ms;"><div align="justify"><br /><em>Fonte: Projecto Vercial</em><br /></div></span>Unknownnoreply@blogger.com0